Salvador, 6 de agosto de 2022.
O segundo dia do Congresso Estadual de Profissionais foi marcado pela apresentação de palestras e discussões dos eixos temáticos escolhidos para o CEP este ano: Inovações Tecnológicas, Infraestrutura e Atuação Profissional. Na primeira palestra do dia, que foi sobre o Programa Mulher, ministrada pela coordenadora adjunta Juliana Paes, foi reforçado o estímulo a equidade de gênero.
“As mulheres representam 23% dos profissionais registrados no Crea-BA. Parabéns para essas mulheres que fortalecem e desenvolvem cada vez mais a Bahia, abrindo portas para novas profissionais”, ressalta. Ela adiantou que o programa pretende promover campanhas e eventos para discutir a equidade de gênero, além de se aproximar das instituições de ensino. “Pensamos em promover a Campanha Mulheres Líderes de Destaque, que vai apresentar lideranças femininas com experiências incríveis no mercado de trabalho”. 44 delegadas compõem o grupo deste ano.
Júlio César Chaves, do Senai Cimatec, abordou o eixo “Inovações Tecnológicas”. Enfatizou que o tema tem relação direta com o desenvolvimento econômico, mostrando a matriz energética do Brasil e do mundo. Apresentou ainda alguns desafios da engenharia, principalmente relacionados a popularização dos automóveis elétricos, e outras formas de geração de energia, passando ainda pelos Equipamentos de Proteção Individual. Elencou desafios da elétrica, automação, da mobilidade e da comunicação. Este último, com a chegada da tecnologia 5G. “A gente tem problemas, como: incompatibilidade de dispositivos, menos equipamentos em rede cabeada e necessidade de instalação de novas antenas”, acrescenta.
O tema Infraestrutura foi defendido pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Alexandre Landim. Ele apresentou a estrutura da entidade e destacou a sinergia que existe entre o Crea e o Sinduscon, principalmente envolvendo o tema: obras inacabadas, apontando soluções, como: os avanços da Lei de Licitação e o guia de estruturação de propostas de investimento em infraestrutura. “Entre as dificuldades, destaco as emendas parlamentares para atender bases e não as obras em andamento como forma de aplicar bem os recursos públicos e a adoção inadequada de pregão para a contratação de obras e serviços de engenharia”, afirma, citando ainda boas práticas e contratos saudáveis, além das grandes obras do estado, como Fiol, Porto Sul e Ponte Salvador- Itaparica.
Sobre o tema atuação profissional, o superintendente do Confea Osmar Barros, destacou discussões atuais do Congresso Nacional, como: novo código de mineração e comissão externa de obras inacabadas e a PL 6904 – 2017, que institui políticas de desenvolvimento do Brasil Rural. Apresentou ainda referenciais instrumentais sobre o desenvolvimento econômico nas áreas de engenharia e agronomia, como a política nacional de desenvolvimento urbano e o plano de aceleração do crescimento, bem como planos nacionais, como o de desenvolvimento, saneamento básico e de energia. “Precisamos nos posicionar em torno das matérias que tramitam no Congresso e Senado no que tange a regulamentação das profissões da área tecnológica”, reforça, destacando ainda as discussões de interesse do sistema profissional, como a inserção do curso de design interiores e o incentivo à geração de energia solar fotovoltaica conectada a sistemas de eletromobilidade sobre trilhos.
O sombreamento de atuação entre os conselhos foi destacado pelo palestrante, que devem ser independentes e não sobreporem aos outros. Ele ainda apresentou um histórico do CNP, afirmando que o profissional tem a oportunidade de opinar, mesmo sem a realização dos congressos, utilizando os meios que existem no portal do profissional.
A separação dos delegados em eixos para a escolha das propostas marcou o fim do segundo dia do evento. O CEP segue até domingo (07) com a escolha das propostas da Bahia e eleição dos delegados.
Nadja Pacheco
Assessoria de Comunicação do Crea-BA